terça-feira, 3 de novembro de 2009

REPOSIÇÃO HORMONAL


Reposição hormonal

Terapia de reposição hormonal (TRH), tratamento dado às mulheres que se encontram na menopausa, é um tema controverso.
Durante a fase reprodutiva, os ovários fabricam mensalmente estrógeno e progesterona, produção que vai diminuindo à medida que a mulher se aproxima da menopausa. Essa redução dos níveis de hormônios femininos provoca uma série de alterações físicas importantes: ondas de calor, dificuldade para controlar a temperatura do corpo, pele mais flácida, mucosas dos sistemas urinário e reprodutivo mais friáveis e secas, alterações de humor e quadros depressivos.
Do ponto de vista racional, o lógico seria tentar repor os hormônios que os ovários deixaram de produzir, como era feito num passado recente, através de pílulas, adesivos colocados na pele ou injeções. Há cinco anos, muitos médicos defendiam que toda a mulher, quando entra na menopausa, deveria fazer reposição hormonal.
Em abril de 2002, porém, foi publicado um estudo americano bastante completo que considerou 16.600 mulheres entre 50 e 79 anos das quais apenas uma parte recebeu a terapia de reposição hormonal. Os resultados foram contraditórios e surpreendentes. Por exemplo, acreditava-se que a reposição hormonal protegesse as mulheres de infartos do miocárdio e de derrames cerebrais e constatou-se que, ao contrário, aquelas que fizeram o tratamento tiveram mais infartos e AVC, assim como câncer de mama. Essas conclusões obrigaram a comunidade científica a rever a conduta em relação à terapia de reposição hormonal.

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